Representantes da
Colossus Minerals, empresa canadense de exploração mineral, foram recebidos
nesta terça-feira, 24, pela diretoria do Sistema FIEPA para apresentar o plano
de investimentos e o andamento do projeto que irá retomar a extração de ouro na
mina de Serra Pelada, localizada no município de Curionópolis. A empresa já
investiu US$ 200 milhões nas fases que precedem a operação da mina e já
anunciou que irá injetar mais US$ 150 milhões. A expectativa é que a mina
comece a operar já em 2013.
Quando começar a
operar, os lucros da produção serão partilhados com os 38 mil garimpeiros que
fazem parte da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada
(Coomigasp). De acordo com Rosana Entler, assessora do presidente da Colossus,
estudos geológicos apontaram que a mina apresenta uma capacidade produtiva de
mais de 50 toneladas de metais entre ouro, platina e paládio (ouro branco). “Enquanto
não chegarmos à zona mineralizada central será difícil afirmar quanto será a
produção da mina. A fase de produção está sendo prevista para daqui a nove ou
dez meses”, relatou.
O presidente do
Sistema FIEPA, José Conrado Santos, deverá conhecer o projeto in loco e
ressaltou a importância das entidades representativas e do governo se
aproximarem desses grandes empreendimentos ainda na fase inicial. Segundo
Conrado, esta aproximação poderá contribuir para “internalizar a riqueza”,
fazendo com que o alto investimento seja revertido em benefícios sociais e que
promovam o desenvolvimento do Pará.
Durante a reunião
que marcou a visita dos representantes da Colossus Minerals na sede da FIEPA, a
assessora Rosana Entler citou como o maior gargalo do empreendimento a
disponibilidade de suprimentos. Na ocasião, Luiz Pinto, coordenador da Rede de
Desenvolvimento de Fornecedores (Redes), programa da FIEPA, alegou que é
possível solucionar este gargalo através da rede de fornecedores que já foram
qualificados pelo programa e que são capazes de atender as demandas dos grandes
projetos. “Há alguns meses realizamos aqui na FIEPA uma rodada de negócios com
a Norte Energia e o Consórcio Construtor Belo Monte para atender exatamente
esta área de suprimentos. Esta era uma demanda do projeto de Belo Monte, que
por meio desta rodada promovida pela Redes está sendo resolvida. Na semana
passada estive reunido com a Norte Energia, em Brasília, e segundo os dados lá
apresentados, 90% das compras já estão sendo feitas aqui no Pará”, ressaltou.