segunda-feira, 30 de julho de 2012

Serra Pelada: depois de US$200 milhões em investimentos, Colossus tem expectativa de início da produção já em 2013

Representantes da Colossus Minerals, empresa canadense de exploração mineral, foram recebidos nesta terça-feira, 24, pela diretoria do Sistema FIEPA para apresentar o plano de investimentos e o andamento do projeto que irá retomar a extração de ouro na mina de Serra Pelada, localizada no município de Curionópolis. A empresa já investiu US$ 200 milhões nas fases que precedem a operação da mina e já anunciou que irá injetar mais US$ 150 milhões. A expectativa é que a mina comece a operar já em 2013.

Quando começar a operar, os lucros da produção serão partilhados com os 38 mil garimpeiros que fazem parte da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp). De acordo com Rosana Entler, assessora do presidente da Colossus, estudos geológicos apontaram que a mina apresenta uma capacidade produtiva de mais de 50 toneladas de metais entre ouro, platina e paládio (ouro branco). “Enquanto não chegarmos à zona mineralizada central será difícil afirmar quanto será a produção da mina. A fase de produção está sendo prevista para daqui a nove ou dez meses”, relatou.

O presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, deverá conhecer o projeto in loco e ressaltou a importância das entidades representativas e do governo se aproximarem desses grandes empreendimentos ainda na fase inicial. Segundo Conrado, esta aproximação poderá contribuir para “internalizar a riqueza”, fazendo com que o alto investimento seja revertido em benefícios sociais e que promovam o desenvolvimento do Pará.

Durante a reunião que marcou a visita dos representantes da Colossus Minerals na sede da FIEPA, a assessora Rosana Entler citou como o maior gargalo do empreendimento a disponibilidade de suprimentos. Na ocasião, Luiz Pinto, coordenador da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores (Redes), programa da FIEPA, alegou que é possível solucionar este gargalo através da rede de fornecedores que já foram qualificados pelo programa e que são capazes de atender as demandas dos grandes projetos. “Há alguns meses realizamos aqui na FIEPA uma rodada de negócios com a Norte Energia e o Consórcio Construtor Belo Monte para atender exatamente esta área de suprimentos. Esta era uma demanda do projeto de Belo Monte, que por meio desta rodada promovida pela Redes está sendo resolvida. Na semana passada estive reunido com a Norte Energia, em Brasília, e segundo os dados lá apresentados, 90% das compras já estão sendo feitas aqui no Pará”, ressaltou.

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